Justiça reconhece que empresa expôs trabalhador a risco ao enviá-lo para cortar energia em área perigosa sem proteção.
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Da Redação
A Justiça do Trabalho determinou que a viúva de um eletricista morto em serviço receba indenização. Ele foi assassinado em 2019, junto com um colega, enquanto realizava o corte de energia em um bairro perigoso de Paço do Lumiar (MA). A empresa alegou que o crime foi imprevisível, mas o Tribunal Superior do Trabalho (TST) entendeu que a atividade envolvia alto risco e exigia medidas de proteção.
O Tribunal Regional do Trabalho apontou que trabalhadores desse setor costumam enfrentar ameaças e hostilidade, principalmente em áreas dominadas pelo crime organizado. No caso, o bairro era controlado por uma facção criminosa, e os assassinos faziam parte do grupo. Um homem e um adolescente dispararam tiros nos dois trabalhadores, que morreram dentro do carro. Por isso, a Justiça concluiu que a empresa deveria ter garantido a segurança dos funcionários.
Com a decisão, a empresa foi condenada a pagar pensão vitalícia à família do eletricista, além de indenização por danos morais. O TST reafirmou que, mesmo se tratando de um crime cometido por terceiros, o trabalhador foi exposto a risco pela própria atividade exercida. A decisão foi unânime.
Fonte:TST