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Agência CNJ |
Da Redação
O Jus.br, programa Justiça 4.0, parceria entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), se destacou ao longo de 2024 por meio do lançamento de diversas soluções tecnológicas com o objetivo de promover a transformação digital do Judiciário brasileiro. Com 41 projetos em andamento e 27 já concluídos, a iniciativa alcançou importantes marcos, destacando-se pela implementação de novas ferramentas que visam otimizar os processos judiciais e garantir maior eficiência ao sistema de justiça.
O novo Portal de Serviços do Poder Judiciário, lançado em dezembro de 2024, durante o 18.º Encontro Nacional do Poder Judiciário, em Campo Grande (MS), mostrou os avanços e tendências para Justiça brasileira. O portal integra e centraliza os sistemas dos 93 tribunais e conselhos de justiça do Brasil, promovendo a interoperabilidade entre as diferentes instâncias do Judiciário. O objetivo principal da plataforma é melhorar a comunicação entre os atores do sistema, além de assegurar maior transparência, agilidade e segurança nos processos judiciais.
Para o juiz auxiliar da Presidência do CNJ e coordenador do Justiça 4.0, Dorotheo Barbosa Neto, o lançamento do Jus.br representa um marco significativo na revolução digital do Poder Judiciário. “É uma plataforma que reúne diversas soluções tecnológicas em um único espaço, oferecendo uma nova experiência aos cidadãos ao acessarem os serviços da Justiça brasileira”, afirmou Barbosa Neto, destacando a importância do portal para a modernização do sistema judiciário.
A gerente do Justiça 4.0 pelo PNUD, Julia Matravolgyi, reforçou o impacto positivo do Jus.br na promoção do acesso à Justiça. Segundo ela, o lançamento do portal é mais uma vitória dessa parceria estratégica entre o CNJ e o Pnud, que utiliza a tecnologia como uma ferramenta essencial para promover a cidadania e a transformação social. "O Jus.br é um exemplo claro de como a inovação digital pode impulsionar a eficiência da Justiça e garantir a inclusão de todos os cidadãos no acesso aos seus direitos", concluiu Matravolgyi.
O Programa Justiça 4.0, desenvolvido em parceria entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), completou em 2024 uma série de entregas tecnológicas que transformaram o sistema judiciário brasileiro. O maior destaque foi o lançamento do Jus.br, o novo portal de serviços do Judiciário, que promete simplificar e centralizar os principais serviços judiciais do país. O portal representa a integração de 93 tribunais, antes considerada uma utopia, e agora é uma realidade que marca a transformação digital do sistema.
Além do Jus.br, o programa também inovou com o Domicílio Judicial Eletrônico, uma plataforma digital e gratuita que centraliza comunicações de tribunais para CNPJs e CPFs, dispensando o envio físico de cartas e a atuação de oficiais de Justiça. Essa medida simplificou o acompanhamento de processos e garantiu mais agilidade na comunicação entre as partes. O projeto foi um grande sucesso, com 2 milhões de pessoas cadastradas, marcando a primeira vez que o Justiça 4.0 atendia ao público externo ao Judiciário.
Inteligência Artificial
Outro avanço importante foi a pesquisa sobre Inteligência Artificial (IA) no Judiciário, que, em 2024, identificou 140 projetos em desenvolvimento em tribunais e conselhos de justiça de todo o Brasil, um aumento de 26% em relação ao ano anterior. O uso de IA tem se expandido, com 62 tribunais implementando ou desenvolvendo iniciativas nesse campo, o que demonstra o potencial dessa tecnologia para otimizar a gestão e os processos judiciais.
O Programa Justiça 4.0 também realizou um ciclo de visitas institucionais aos tribunais em todo o país, monitorando a implantação das ferramentas digitais e a adesão ao Jus.br. Essas visitas ajudaram a identificar pontos de melhoria e a garantir que todos os tribunais estivessem prontos para a utilização do portal. Além disso, em 2024, o programa lançou diversas ferramentas e painéis, como o Codex e o Data Lake, que armazenam dados essenciais para a operação e gestão do Judiciário, e o BNMP 3.0, que aprimorou a gestão de informações sobre pessoas presas e processos criminais.
Capacitações também foram uma prioridade em 2024, com o programa oferecendo cursos sobre IA, gestão de dados e outras ferramentas digitais para mais de 7.600 pessoas. Esses esforços visam preparar os profissionais do Judiciário para um futuro mais tecnológico e eficiente. Em paralelo, o programa também esteve presente em diversos eventos nacionais e internacionais, destacando as inovações do Judiciário e promovendo discussões sobre o futuro da Justiça no Brasil.
O Jus.br, com a centralização de serviços judiciais e a integração de diversos sistemas, é um dos maiores marcos do programa, representando um avanço significativo no acesso à Justiça e na transparência dos processos judiciais. O programa, que começou em 2020, continua a transformar o Judiciário, utilizando a tecnologia como ferramenta fundamental para promover a cidadania e otimizar a gestão judicial.
Através de iniciativas como essas, o Justiça 4.0 busca garantir que a Justiça brasileira se torne mais acessível, eficiente e moderna, preparando o sistema judicial para os desafios do futuro.
Fonte: Agência CNJ de Notícias