STJ suspende júri de policiais por morte de engenheira no RJ

STJ suspende novo júri de policiais por morte de jovem engenheira, questionando inclusão de nova testemunha após anulação de julgamento. 


Dall-E, 2025

Da Redação

 O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu o novo julgamento de quatro policiais militares acusados de envolvimento na morte da engenheira Patrícia Amieiro, em 2008, no Rio de Janeiro. A decisão liminar, assinada pelo ministro Antonio Saldanha Palheiro, impede a realização do júri até que o habeas corpus da defesa seja julgado pela Sexta Turma. O ponto central da discussão é a tentativa de incluir uma nova testemunha de acusação nesta fase processual.

Segundo a acusação, dois policiais teriam atirado contra o carro da engenheira, fazendo com que ela perdesse o controle do veículo e morresse após colidir com postes e uma mureta. Ainda conforme os autos, outros dois policiais teriam retirado o corpo e jogado o carro em uma ribanceira para esconder o crime. O corpo nunca foi localizado. Em 2019, dois dos réus foram condenados por fraude processual, mas todos foram absolvidos da acusação de homicídio. O Ministério Público recorreu, e o julgamento foi anulado por contrariar as provas do processo.

Antes do novo júri, o MP tentou incluir o depoimento de um taxista como nova testemunha. A defesa alegou que isso viola o Código de Processo Penal, já que a fase de produção de provas teria sido encerrada. O STJ reconheceu, em decisão provisória, que não é permitido ampliar o conjunto de provas após a anulação de um julgamento. A corte agora vai decidir, em definitivo, se a inclusão da nova testemunha será admitida.

Fonte: STJ


Direito Penal

Temas Jurídicos: Direito Penal - Processo Penal - Habeas Corpus - Tribunal do Júri - Prova Processual

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