Juízes do TRT1 foram condenados por receber propina e favorecer empresas. Penas chegam a 20 anos de prisão.
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Da Redação
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou três desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1) por envolvimento em um esquema de corrupção. O grupo recebia propina para incluir empresas e organizações sociais em um plano especial de execução da Justiça do Trabalho. A ministra relatora Nancy Andrighi analisou o caso e confirmou a responsabilidade dos magistrados, resultando em penas de até 20 anos de prisão e a perda dos cargos públicos.
As investigações do Ministério Público Federal (MPF) mostraram que os desembargadores usavam escritórios de advocacia como intermediários no pagamento das propinas. Empresas e organizações sociais com dívidas trabalhistas eram obrigadas a contratar esses escritórios, que repassavam parte dos honorários ao grupo criminoso. O esquema também envolvia o ex-secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, e contava com o apoio de ex-presidentes do TRT1.
A ministra destacou que a propina era disfarçada como honorários advocatícios para lavar dinheiro e desviar recursos públicos. O esquema foi descrito como uma organização criminosa sofisticada, com divisão clara de funções entre desembargadores, advogados e políticos. O caso reforça a necessidade de maior controle e transparência no Judiciário para evitar novos episódios de corrupção.
Fonte STJ