ONU denuncia ataques contra muçulmanos e refugiados sudaneses na República Centro-Africana

ACNUR/Blaise Sanyila


Da Redação

Um relatório da ONU divulgado nesta quarta-feira aponta que grupos armados atuantes na região de Haut Oubangui, na República Centro-Africana (RCA), estão atacando comunidades muçulmanas e refugiados sudaneses, cometendo graves violações de direitos humanos. Segundo o documento, elaborado pelo Escritório de Direitos Humanos da ONU e pela MINUSCA, os ataq  cometendo graves violações de direitos humanos ues são atribuídos ao grupo armado Wagner Ti Azande (WTA), ligado ao exército nacional. Desde outubro de 2024, pelo menos 24 pessoas foram mortas em execuções sumárias, além de registros de estupros coletivos, trabalho forçado e saques.  

O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, condenou as ações e pediu responsabilização. “Esses crimes horríveis não podem ficar impunes. A responsabilização é fundamental para garantir que tais violações nunca mais aconteçam”, afirmou. O relatório também destaca a ausência de uma forte presença do Estado na região, o que permite a atuação impune dos grupos armados. Para conter a violência, a ONU anunciou o envio de mais forças de paz para Haut-Mbomou em junho de 2024.  

A República Centro-Africana, que faz fronteira com Chade e República Democrática do Congo, tem sido palco de conflitos devido a sua localização estratégica e tensões entre grupos comunitários. A MINUSCA, missão de paz da ONU, atua no país desde 2014 para proteger civis durante crises humanitárias. Em dezembro de 2023, após um ataque que matou 23 civis, a organização enviou tropas ao noroeste do país. Desde então, bases operacionais temporárias foram estabelecidas em diversas regiões para conter novos episódios de violência.  

Fonte: ONU

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